Menarosto é um processo que consiste em assar carnes sem ter contato direto com as chamas e fumaça (somente brasas). Para isso é utilizado um rolete de espetos que gira lentamente para que as carnes assem por igual. Todo o processo de cozimento leva aproximadamente cinco horas.
Essa técnica foi trazida pelos imigrantes italianos que vieram para o Brasil em busca de uma vida melhor. Eles utilizavam carnes de caça disponíveis na época e movimentavam o rolete manualmente por meio de uma manivela, pedal ou até roda d’água. Traduzido ao pé da letra, menarosto significa “levar o assado”, que assume também o nome do aparelho usado para tal fim. Não era uma refeição comum, pois eram feitas em ocasiões especiais, quando as famílias se reuniam para festejar o sucesso nas caçadas. Desde 10 de agosto de 2010, o menarosto foi instituído como prato típico oficial de Flores da Cunha através da Lei nº 2.831.
Benedito Pauletti, 64 anos, morador do Travessão Carvalho, em Otávio Rocha, é um dos cozinheiros oficiais da iguaria no município. Ele cozinha há mais de 30 anos. “Tem que gostar muito de calor e fumaça. E eu sou apaixonado por isso”, declara. E para o prato ficar especial, Pauletti intercala pedaços de codorna, coelho, frango e porco. “Mas o principal é o tempero: vai sálvia, alho, salsa, sal e mais alguns segredos de um bom churrasqueiro”, relata Pauletti, que em 2019 fez 42 menarostos em Flores da Cunha e região. Agora, com a pandemia, ele diminuiu o ritmo, mas não consegue largar a carne. “Ele fez algumas vezes em casa. Não consegue ficar longe. Ele ama o que faz”, revelou a esposa Inês.
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